quinta-feira, 25 de junho de 2009

Meu Diploma

vejam o texto no blog: http://joapa.blogspot.com/2009/06/meu-diploma.html

Meus amigos jornalistas andam surtados com a tal não obrigatoriedade do Diploma de Jornalismo a partir de agora.Muitos argumentam bem, com boas justificativas sobre o valor de uma formação acadêmica, o que não discordo de forma alguma. na verdade, nem quero entrar no terreno da profissão de jornalista, seria muito pretensioso da minha parte meter muito o bedelho, pois não sou da área.

Mas o que sempre percebo, é que por trás de qualquer polêmica sempre haverá algo mais complexo e obscuro que nem sempre é discutido. no caso dessa notícia sobre o fim do diploma aho que existem várias questões que ainda não vi nenhum jornalista rebatendo, ou choramingando, como vários andam fazendo.

Me refiro à aura que o diploma representa na vida dessas pessoas. e na minha também, na sua. Vivemos em um país em que ter curso superior significa para a esmagadora maioria da população, a principal, a mais válida ou a única forma de ter um EMPREGO decente. uma profissão, um trablho com um ótimo salário. e só. isso sempre me causou um certo estranhamento, ainda mais agora vendo pessoas - jornalistas- que sempre considerei tão cultas, se manifestarem de uma forma um tanto imatura e reacionária com o fim do Diploma.
Me pergunto e pergunto à esses amigos se o que não importa foi todo o contato, o tempo em que permaneceram e todas as vivências que aprenderam no tempo que estiveram na Universidade. o que faz diferença agora, com os que estão por vir, os futuros jornalistas. não entendo o motivo para tanta comoção, se a princípio você já tem planos traçados, mestrados, doutorados, enfim, é reduntante dizer aqui que estudo nunca é demais, e que se quisermos poderemos e devemos sempre nos aperfeiçoar, se reciclar.

Talvez o que vocês, caros jornalistas, não queiram assumir, é que estão ressentidos com a perda da aura que o diploma tinha até então. a aura mágica, que ele como símbolo de uma conquista, de entrega e esforço representa pra você e para a sociedade. Fazer um curso superior no Brasil é um símbolo de poder, de diferença. é o falado nível de excelência acadêmica. Me sinto seguro pra dizer isso, pois me formei na mesma instituição Federal que vocês, mas venho de um curso ( Artes Plásticas ) que na prática, o diploma não tem valor algum. Então, acho que deveriam focar em vocês mesmos e deixarem os outros de lado. vocês não tem nada a perder, a se prejudicar.
Não tenho a menor pretensão de ser jornalista e escritor, mas tive vontade de escrever esse post e que outras pessoas o lessem.
Vocês mesmos me disseram que grandes escritores hoje começaram em redações décadas passadas sem nunca terem cursado nada. você pode ser um ótimo profissional com ou sem diploma. e também não entendo porque tanta gente ficou ofendida com a comparação da profissão de jornalista com a de cozinheiro. eu amaria ser comparado com um bom cozinheiro.
Sei que é triste se desapegar da aura que o diploma tem. mas é assim que a vida é. Estudantes da UFMG e outras universidades "fodonas" se acham demais. se acham os melhores, os escolhidos, a nata. como estudante da UFMG passei por vários momentos da mais pura vergonha alheia. Cursos "carro-chefe" ( como a própria reitoria se refere ) como Engenharias, Medicina, Direito e Comunicação Social levam isso muito a sério. e por isso se sentem afrontados quando sentem que seu território até então exclusivo e para selecionados tem suas barreiras desfocadas. é a perda de um status, de um sentimento de de maculação de uma suposta nobreza. isso me entristece, pois todo aquele verniz acadêmico soa desbotado, feio, falso.

acho que a época da Graduação sem sombra de dúvida foi a melhor época da minha vida. o que não quer dizer que tenha sido a mais cor de rosa ou sem lágrimas. nunca aprendi tanto, nunca me senti tão dono de mim mesmo, tão honesto com meus sentimentos, tão querido, tão cercado de cultura e conhecimento. mas tenho noção que conhecimento, livros, toda essa herança de cultura da humanidade está em qualquer lugar.

tenho orgulho do meu diploma que ainda não peguei por preguiça de ir ao banco pagar uma boleta de 40 reais. ele também representa uma conquista, o fim de um ciclo, eu e somente eu pode sentir de verdade no coração o que é isso. com ou sem aura, é uma página importante na minha história. o resto, os outros, a obrigatoriedade ou não, nada disso importa, se você considera sua vida uma obra de arte.

e arte não precisa de diploma.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Easily create and share personalized, annotated maps of your world

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quinta-feira, 4 de junho de 2009

TRABALHO FINAL

TRABALHO FINAL DA DISCIPLINA
VALOR: 40 pontos

O Trabalho
Caminhadas pela Cidade e Registros (foto, vídeo e som).

Apresentação/Entrega
Publicação do Registro. (Performance, Exposição de Fotografias, Exibição de Vídeo, Cartazes com Textos, etc.)
Local: Atelie 24h. Prazo: até 02 de julho.

TEMAS

TEMA 1:
A Cidade Líquida
A cidade é o campo de tramas e relações no qual adentra o corpo do caminhante. Para onde vai? Como vai? O que cria ao passar? O que leva e o que traz da experiência do caminho? O corpo na cidade cria um movimento de inscrição invisível, passa. Na sua memória, sente as vibrações de um campo que não pára de movimentar-se e pulsar.
A cidade do caminhante é um campo de afetos, um lugar de estímulos, em que a cada momento, no seu embate corporal com o espaço, sensações e percepções lhe vêm, o seu corpo se vê afetar o mundo e por ele ser afetado.
Esta cidade feita do fugaz, daquilo que existe no espaço e no tempo da experiência, que não se fixa, que pulsa a todo instante, esta cidade vivida pelo caminhante é a cidade l.qüida. Uma cidade que nasce de um olhar que não vê o que está construído, mas os espaços vazios, intersticiais, os restos, os fl uxos, aquilo que é transitório. É deste tipo de olhar que surge um questionamento como o de Ignasi de Solá-Morales:

Existe uma arquitetura materialmente lIqüida, atenta e configuradora não de estabilidade, mas de transformação, e portanto lidando com a fluidez que a realidade oferece? É possível pensar uma arquitetura do tempo mais do que uma arquitetura do espaço? Uma arquitetura cujo objetivo seja não de ordenar a dimensão extensa, mas o movimento e a duração? (Ignasi Solá-Morales)

TEMA2:
INVENTAR A CIDADE
A possibilidade de inventar sua própria cidade na cidade herdada, de liqüefazer as estruturas fixas das instituições em experiências fugazes, está no centro dos caminhares enquanto poéticas. Os artistas caminhantes
formulam-se e formulam as suas cidades ao caminhar.
Algo é dito numa caminhada que não poderia ser dito com palavras. É neste sentido que, segundo Certeau, “o ato de caminhar parece portanto encontrar uma primeira definição como espaço de enunciação”. Ou ainda, como diz o artista-caminhante Francis Alÿs, a invenção da linguagem se dá junto com a invenção da cidade. Cada uma das minhas intervenções é um fragmento da cidade que estou inventando, da cidade que estou mapeando.


PROCEDIMENTOS

AFETAR-SE
Afetar-se é deixar-se aberto para o encontro com os caminhos, com os lugares, com a cidade, com os outros corpos. Como um ato fundante, inaugura no corpo a possibilidade de ser afetado por forças externas e uma consciência de que pode afetar, como uma outra força, os contextos nos quais se insere. Como uma percepção mais fi na e sutil, ligado ao “corpo vibrátil” (Rolnik2006), pode ser um princípio da relação do corpo com a cidade e nesse encontro, a atenção e abertura à experiência situada.
escutar
perceber
sentidos
trocar
“transubstanciar-se”
ir além do próprio corpo, tocar
situar-se
estar aberto

COLETAR
Coletar: recolher, trazer, selecionar, capturar, apropriar-se. Coletar instantes pelo caminho, com o uso da câmera fotográfica, coletar o caminho através do vídeo, coletar objetos, coletar sensações. O caminhante, ao viver o caminho, seleciona da experiência aquilo que quer levar. Coletar é um dos seus procedimentos poéticos. Ao coletar, o caminhante prepara instrumentos/procedimentos de coleta. Para coletar, o caminhante constrói um olhar/relação seletivo, o que o interessa do espaço vivido.
Coletar pedras
Coletar lama
Coletar metais
Coletar instantes
Coletar situações e acontecimentos fugidios
Coletar sensações
Coletar histórias
Coletar lugares com palavras

DESLOCAR-SE
Deslocar: ação de mover elementos dentro e a partir de determinado contexto. Subversão da ordem que constitui determinado lugar, inversão nas representações de um contexto, transformações da paisagem. Existe uma dimensão física e uma dimensão simbólica do deslocar. Deslocamentos na cidade podem ser vistos como acontecimentos. O próprio caminhar é o deslocamento do corpo no espaço. Por isso, são acontecimentos poéticos, que se transformam em imagens. O que está nos contexto e no lugar, antes invisível, mas com a força, a potência( vir a ser) de revelar-se. Aquilo que pulsa no lugar, e que pede espaço para manifestar-se visível. Aquilo que tem a urgência, no corpo do artista, de se tornar dizível, manifesto.
Deslocar pedras
Deslocar gravetos
Deslocar o corpo
Deslocar um cubo de gelo
Deslocar uma duna
Deslocar uma imagem
Deslocar paisagens
Deslocar símbolos

INSCREVER
Inscrever é uma ação de demarcar. Demarcar, deixar rastros, deixarse de certa forma ao longo de um caminho. Intervir. É possível, no entanto, inscrever de diferentes maneiras e em diferentes espaços. Há a inscrição no caminho propriamente dito, como a marca de um percurso que se torna visível, a visualidade do rastro do corpo a caminho. Há a inscrição na imagem que se coleta do caminho. Há a inscrição no campo de signifi cados de determinado caminho. Inscrições são dizeres, formas de dizer, algo que se quer evidenciar.
Inscrever rastros
Inscrever desejos
Inscrever os passos
Inscrever uma linha
Inscrever um símbolo
Imscrever a forma do corpo
Inscrever círculos e linhas




Duas formas de inscrição: na primeira, o caminhante deixa cair, ao longo ao caminho, uma linha de tinta, demarcando-o. A outra, o corpo do caminhante inscreve o seu lugar, agora social, no espaço da cidade.

BIBLIOGRAFIA DE REFERÊNCIA:

CARVALHO, Beatriz Falleiros Rodrigues (2007). Caminhar na cidade: experiência e representação nos caminhares de Richard Long e Francis Alÿs; depoimentos de uma pesquisa poética. São Paulo: FAU/USP.
disponível para download em:
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=124632

JACQUES, Paola Berenstein (2001). Estética da Ginga: a arquitetura das favelas através da obra de Hélio Oiticica. Rio de Janeiro: Casa da Palavra.

SOLÁ-MORALES, Ignasi (2002)a . Inscripciones. Barcelona: Gustavo Gilli.

SANTOS, Milton (2002). A Natureza do Espaço: Técnica e Tempo, Razão e Emoção. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo.

AUGÈ, Marc (1994). Não–Lugares: Introdução a uma antropologia da supermodernidade. Tradução Maria Lúcia Pereira. Campinas, São Paulo: editora Papirus.

quinta-feira, 19 de março de 2009

aula 7 - tempo e espaço

TEMPO/ESPAÇO - capítulo 3 do livro "Modernidade Líquida" de Zigmunt Baumman.
download do pdf do texto aqui.

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quarta-feira, 18 de março de 2009


são paulo - fevereiro 2009 - MM from Marcelo Maia on Vimeo.

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metrô - Tatuapé - SP [Marcelo Maia, 2006] from Marcelo Maia on Vimeo.

“O encontro de estranhos é um evento sem passado. Freqüentemente é também um evento sem futuro (o esperado é não ter futuro), uma história para não ser continuada.” (Bauman 2001:111)

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o urbanismo

Para falar sobre o urbanismo, gostaria de retomar um pouco as idéias da Escola de Chicago, especialmente o texto de Louis Wirth ‘Urbanism as Way of Life’ publicado originalmente em 1938. As reflexões da Escola de Chicago têm uma importância fundamental para o urbanismo. Como participantes de um contexto de crescimento explosivo e descontrolado das cidades industriais americanas no início do século XX, sociólogos iniciam uma reflexão do que veio a ser chamado ‘sociologia urbana’. A escola de Chicago foi pioneira nas reflexões que tratam das relações sociais na cidade industrial – o urbanismo.

“O mundo contemporâneo já não mais apresenta o quadro de pequenos grupos humanos isolados, espalhados através de um vasto território, como Sumner descreveu a sociedade primitiva. A característica marcante do modo de vida do homem na idade moderna é a sua concentração em agregados gigantescos em torno dos quais está aglomerado um número menor de centros e de onde irradiam as idéias e as práticas que chamamos civilização. (...) As influencias que as cidades exercem sobre a vida social do homem são maiores do que poderia indicar a proporção da população urbana, pois a cidade não somente é, em graus sempre crescentes, a moradia e o local de trabalho do homem moderno.” (WIRTH, 1973:90)

“Já que a cidade é o produto do crescimento e não da criação instantânea, deve-se esperar que as influências que ela exerce sobre os modos de vida não sejam capazes de eliminar completamente os modos de associação humana que predominavam anteriormente.” (WIRTH, 1973:91) Aqui Wirth enfatiza que apesar da urbanização o homem trás para a cidade hábitos e costumes de sua vida ‘rural’.

Definindo um pouco mais o que seria a cidade, Wirth coloca: “A predominância da cidade, especialmente da grande cidade, poderá ser encarada como uma conseqüência da concentração, em cidades, de instalações e atividades industriais e comerciais, financeiras e administrativas, linhas de transporte e comunicação e de equipamento cultural e recreativo como imprensa, estações de rádio, teatros, bibliotecas, museus, salas de concerto, óperas, hospitais, instituições educacionais superiores, centros de pesquisa e publicação, organizações profissionais e instituições religiosas e beneficentes.” (WIRTH, 1975:93) A cidade é um ponto de aglomeração das relações que impulsionam as relações sociais. Logo este ponto de ligação comum entre as diversas atividades produzidas num espaço (urbano) se estende além dos limites do que podemos definir como cidade.

“Além do mais, podemos inferir que a vida rural levará a marca do urbanismo, à medida que sofre a influência das cidades através de contato e comunicação. Poderá servir de contribuição para o esclarecimento das declarações que se seguem, repetirmos que, embora o local do urbanismo como um modo de vida deva, evidentemente, ser achado caracteristicamente em localidades que preenchem os requisitos que estabeleceremos para a definição de cidade, o urbanismo não está confinado a tais localidades, mas manifesta-se em graus variáveis onde quer que cheguem as influências das cidades.” (WIRTH, 1975:95) (grifo nosso) Wirth chama atenção para sermos cautelosos na definição de cidade que é caracterizada por questões culturais locais e condicionantes históricos enquanto que o urbanismo é uma relação que se dá num espaço que vai além dos limites do lugar citadino.

“É de capital importância chamar-se a atenção para o perigo de se confundir urbanismo com industrialismo e capitalismo moderno. (...) Todavia por diferentes que possam ter sido as cidades de épocas anteriores pré-industrial e pré-capitalista, não deixavam de ser cidades. Para fins sociológicos, uma cidade pode ser definida como um núcleo relativamente grande, denso e permanente, de indivíduos socialmente heterogêneos.” (WIRTH, 1973:96)

“Os vínculos de parentesco, de urbanidade e os sentimentos característicos da vida em conjunto durante gerações sob uma tradição ‘folk’ comum tenderão a desaparecer e, no melhor dos casos, tenderão a ser fracos num agregado cujos membros apresentam origens e formação tão diversas.” (WIRTH, 1973:99) (...) “Numa comunidade composta de grande número de indivíduos que não se conhecem intimamente e cujo número é excessivo para se reunirem num só lugar, torna-se necessário efetuar a comunicação por meios indiretos e articular interesses individuais por um processo de delegação. Especificamente na cidade, os interesses são efetivados através de representação.” (WIRTH, 1973:102) (grifo nosso) Logo as relações que se dão num aglomerado urbano criam linguagens por um processo de representação que permitem uma inter-relação entre indivíduos que não se conhecem e não tem sem nenhuma relação de parentesco. Aqui então temos uma diferença fundamental entre o modo de vida ‘rural’ e o modo de vida ‘urbano’ – a família, as relações de parentesco tendem a perder importância. As relações se dão no campo das representações, aqui Wirth sugere um embrião do que Debord veio mais tarde a teorizar como ‘Sociedade do Espetáculo’.

Para Wirth o urbanismo é uma forma de organização social, daí ‘modo de vida’. “Os traços característicos do ‘modo de vida’ urbano têm sido descritos sociologicamente como consistindo na substituição de contatos primários por secundários, no enfraquecimento dos laços de parentesco e no declínio do significado social da família, no desaparecimento da vizinhança e na corrosão da base tradicional da solidariedade social.” (WIRTH, 1973:109) (...) “Como um todo, a cidade desencoraja uma vida econômica na qual o indivíduo, numa época de crise, tenha uma base de subsistência à qual recorrer, e desencoraja o emprego autônomo. Se bem que as rendas dos habitantes das cidades sejam maiores, em média, do que as do interior, parece que o custo de vida é maior nas cidades maiores.” (WIRTH, 1973:110) A vida econômica autônoma ou de subsistência, característica de uma sociedade ‘rural’ é alternada por uma vida econômica interdependente. A partir desta observação, sociólogos da Escola de Chicago desenvolvem suas teorias de ‘ecologia urbana’ ou ‘ecologia humana’

“Reduzido a um estágio de virtual impotência como indivíduo, o habitante urbano esforça-se para fazer parte de grupos organizados de interesses semelhantes para obter seus fins. Isso resulta numa enorme multiplicação de organizações voluntárias com um número de objetivos tão variados quanto às necessidades e interesses humanos. Embora de um lado os laços de associação humana estejam enfraquecidos, a existência urbana envolve um grau de interdependência maior entre os homens e uma forma mais complicada, frágil e volátil de inter-relações mútuas sobre muitas fases das quais o indivíduo como tal não consegue exercer quase nenhum controle. Frequentemente há apenas uma relação muito tênue entre a posição econômica ou outros fatores básicos que determinam a existência do indivíduo no mundo urbano e os grupos voluntários aos quais ele se acha filiado.” (WIRTH, 1973:110)

“Apesar do predomínio do urbanismo no mundo moderno, ainda sentimos falta de uma definição sociológica do que seja cidade, a qual levaria em conta, adequadamente, o fato de que, enquanto a cidade é o local característico do urbanismo, o modo de vida urbano não se confina às cidades. Para finalidades sociológicas, uma cidade é uma ficção relativamente grande, densa e permanente de indivíduos heterogêneos. Os grandes números são responsáveis pela variabilidade individual, pela relativa ausência de conhecimento pessoal íntimo, pela segmentação das relações humanas as quais são em grande parte anônimas, superficiais e transitórias e por características correlatas. A densidade envolve diversificação e especialização, a coincidência de contato físico estreito e relações sociais distantes, contrastes berrante, um padrão complexo de segregação, a predominância do controle social formal, e atrito acentuado, entre outros fenômenos. A heterogeneidade tende a quebrar estruturas sociais rígidas e a produzir maior mobilidade, instabilidade e insegurança, e a filiação de indivíduos e a uma variedade de grupos sociais opostos e tangenciais com um alto grau de renovação dos seu componentes. (...) O indivíduo, portanto, somente se torna eficaz através de grupos organizados.” (WIRTH, 1973:112-113)

o modo de vida

Completando um pouco mais as colocações de Wirth, o texto ‘A Metróple e a Vida Mental’ de Georg Simmel trás uma outra abordagem para a compreensão das relações entre indivíduos no meio urbano. Simmel diz que “a mente moderna se tornou mais e mais calculista. A exatidão calculista da vida prática, que a economia do dinheiro criou, corresponde ao ideal da ciência natural: transformar o mundo num problema aritimético, dispor todas as partes do mundo por meio de fórmulas matemáticas.” (SIMMEL, 1973:14) “O desenvolvimento da cultura moderna é caracterizado pela prepoderância do que poderia chamar de o ‘espírito objetivo’ sobre o ‘espírito subjetivo’. (SIMMEL, 1973:23) (grifo nosso) Logo qualquer valor cultural ‘subjetivo’ que não se encaixasse nos fins universais do projeto moderno eram menosprezados. A conseqüência desta postura foi o “retrocesso na cultura do indivíduo com relação a espiritualidade, delicadeza e idealismo. Essa discrepância resulta essencialmente da crescente divisão de trabalho. Pois a divisão de trabalho reclama do indivíduo um aperfeiçoamento cada vez mais unilateral. E um avanço grande no sentido de uma busca unilateral com muita freqüência significa a morte para a personalidade do indivíduo. Em qualquer caso, ele cada vez menos pode equiparar-se ao supercrescimento da cultura objetiva.” (SIMMEL, 1973:23) (grifo nosso)

“O indivíduo tornou-se um mero elo em uma enorme organização de coisas e poderes que arrancam de suas mãos todo o progresso, espiritualidade e valores, para transformá-los de sua forma subjetiva na forma de uma vida puramente objetiva.” (SIMMEL, 1973:23)

Segundo Simmel a vida torna-se fácil para a personalidade da pessoa que os estímulos, interesses, uso do tempo livre, consciência são dados pelo ‘espírito objetivo’. Assim a pessoa é conduzida numa corrente contínua onde a busca pela autenticidade é uma ‘opção’ desnecessária. Mas isto não impede que haja ‘correntes alternativas’ e “isso resulta em que o indivíduo apele para o extremo no que se refere à exclusividade e particularização, para preservar sua essência mais pessoal. Ele tem de exagerar esse elemento pessoal para permanecer perceptível até para si próprio. A atrofia da cultura individual através da hipertrofia da cultura objetiva é uma razão para o ódio amargo que os pregadores do mais extremado individualismo, Nietzsche acima de todos, votam à metrópole.” (SIMMEL, 1973:24) A questão do gosto individual passou a ser relevante no início do século XX, principalmente com os ‘economistas neoclássicos’ que procuravam – sob argumentos questionáveis – a satisfação de gostos individuais e não mais a imposição de um gosto coletivo. A particularidade passa a ser explorada pela economia, a pesquisa de público alvo, consumo dirigido, etc.

O ‘espírito objetivo’ pode ser entendido como uma abordagem da ‘alienação’ de Marx sob o ponto de vista do comportamento e da personalidade do indivíduo urbano. Mais tarde Debord retoma os conceitos ‘alienação’ e ‘separação’ sob outro ponto de vista (o que já discutimos). Não mais visto sob a divisão do trabalho no processo produtivo industrial e nem somente sob o modo de vida urbano, mas do ponto de vista da inter-relação entre indivíduos dada pela representação – a sociedade do espetáculo – algo que Wirth já prenunciava no seu texto de 1938.

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sábado, 7 de março de 2009

sobre registros sonoros [paisagens sonoras] e cinema no celular com GPS



O escoitar.org é um site que mapeia paisagens sonoras na Galícia.
O projeto é restrito a paisagens gravadas em províncias da região, mas qualquer pessoa pode efetuar o cadastro pra ver como a coisa funciona direitinho.

O site tem um lugar reservado para publicação de pequenos artigos sobre os locais já mapeados.
Como se fosse um outro nível de navegação mesmo, em que você pode ouvir a paisagem e saber mais sobre aquele lugar.

Sobre o aparato tecnológico, foi utilizado o CMS SPIP, e a partir dele foi criado um plugin que conversa com o google maps. Sabe o que é mais legal? O plugin e tudo mais que precisou ser desenvolvido para o projeto, está disponível pra download.

O texto que explica escoitar, demonstra uma preocupação de seus idealizadores em construir um patrimônio cultural imaterial, com objetivo de conservar a memória sonora da Galícia.

http://www.escoitar.org/


GPSFILM "The Using Of" from GPSFILM on Vimeo.

GPSFILM “The Using Of” from GPSFILM on Vimeo.

O GPS Film, do artista Scott Hessel é um software que “conversa” com o GPS e as câmeras dos celulares, possibilitando que qualquer usuário faça filmes geolocalizados, que inclusive já estão prontos pra compartilhamento.

Funciona como um cinema vivo orientado por localização.
Por exemplo, se eu estou na Praça da Liberdade agora e faço um filme lá - usando o software - dentro de segundos outra pessoa, que também tem o GPS Film instalado, pode procurar por esse ponto e encontrar o vídeo que eu fiz.
E pensem nisso em escala global. Legal, né?

Ah, e ainda tem um detalhe que faz toda a diferença, o software é open source, apesar de rodar só em Windows Mobile.
Então, se você tem um celular com sistema operacional windows, vai lá, faz o download e testa que deve valer a pena.

http://www.gpsfilm.com

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aula 5 - [atividade prática] AP02 - paisagem e espaço

Atividade da Aula:

Leitura do texto publicado no blog do professor e elaboração de um comentário à partir dos questionamentos colocados; inclusão no seu blog de um novo post com fotos ou registros sonoros ou vídeos acompanhados de um pequeno texto.

Frequência da Aula:

Execução completa da atividade prevista para esta aula garante a presença. [atividade em sala de aula é de livre frequencia - exibição do filme - Encontros e Desencontros com comentários do professor]

Questões:

Texto 1 - paisagem e espaço

Nas fotos, registros sonoros ou vídeos que você vai produzir esta semana para a atividade prática 02, procure perceber e expressar como a dinâmica temporária da sociedade produz e transforma constantemente a paisagem da cidade.

Texto 2 - espacialidade, eventos, ações

(imagens = planos bi-dimensionais que contém informações. ex: fotos, outdoor, placas, sinais, pinturas, fachadas, painéis eletrónico, placares, projeções etc.).

A produção de imagens constitui um dos elementos de paisagem. Procure nos seus registros perceber e expressar como as imagens tem o potencial de codicionar, apoiar, causar, eventos/ações nos espaços públicos da cidade.

Filme de Referência:



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aula 4 - espacialidade, eventos, ações

Sistemas de objetos e sistemas de ações interagem. De um lado, os sistemas de objetos condicionam a forma como se dão as ações e, de outro lado, o sistema de ações leva à criação de objetos novos ou se realiza sobre objetos preexistentes. É assim que o espaço encontra a sua dinâmica e se transforma. (SANTOS, 2002, pg. 63)

Os objetos e as ações – o espaço e a espacialidade se interagem constantemente, o espaço condiciona a ação assim como a ação produz um outro espaço. Uma dinâmica constante. As espacialidades podem acontecer em diversos momentos, podem acontecer simultaneamente compartilhando o mesmo espaço e podem ter períodos (duração) diferentes. As espacialidades são múltiplas o espaço é único. “(...) um evento é um instante do tempo dando-se em um ponto do espaço’ (...). (SANTOS, 2002, pg. 144)



Estes conceitos extraídos de Santos e Lefebvre, ilustrado na figura 1 acima, são uma simplificação de estudos que vão muito mais além do que comentamos, vale lembrar que Lefebvre escreve um livro para explicar esta relação (o espaço socialmente produzido), então, vamos simular um pouco esta teoria com alguns exemplos.

Evento:
Aula

Espaço:
O espaço é todo um sistema espacial socialmente produzido que condiciona a aula (a ação). Ou seja, para uma descrição bem rasa do que é esta condição sócio-espacial temos, a estrutura institucional, o projeto pedagógico do curso, os planos de ensino, as informações, os livros, as mesas, as cadeiras, os equipamentos de áudio-visual, etc. Repare que espaço não é apenas material, a matéria ou a materialização das ações – fazer uma cadeira – é um passado, logo – paisagem. Mas a mesma carteira, que é uma paisagem da sua própria manufatura é no presente uma condição espacial, uma condição para se produzir um outro espaço e ter como resultado uma paisagem transformada.


Paisagem:
A sala de aula é uma paisagem, paisagem por exemplo da obra que a construiu, uma ação, um evento passado. A posição das carteiras é uma paisagem da ação – limpar – produzida pelos faxineiros num evento que é passado, logo paisagem. Ao fim da aula, as carteiras reviradas, o quadro escrito, o chão sujo é uma paisagem do evento aula que enquanto presente era um espaço socialmente produzido – para Lefebvre, simplesmente, espaço.

Concluído, para o momento, de forma bastante simplificada a questão – espaço. A paisagem, sempre passado, é a materialização do espaço socialmente produzido. A paisagem é a materialização do espaço. O espaço por sua vez é a multiplicação inter-relacionada dos fatores espaço (condicionantes/sistemas) e eventos(ações).

Se a paisagem, é tudo que pode ser visto, logo é imagem. Enquanto imagem, a paisagem também faz parte de um sistema de objetos e automaticamente torna-se espaço. Ou seja a paisagem é espaço. Imagem é espaço; imagem condiciona eventos.

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aula 4 - paisagem e espaço

“A rigor a paisagem é apenas a porção da configuração territorial que é possível abarcar com a visão”. (SANTOS, 2002, pg. 103) Mas Santos trás uma nova reflexão acerca da paisagem pode ser mais que isso. A paisagem é o que podemos ver, mas ela trás consigo algumas características essenciais à compreensão do espaço.

É interessante como Santos coloca a questão da paisagem como um momento histórico temporal, logo a paisagem é um passado, um fato histórico e o espaço é sempre presente. “A paisagem é história congelada, mas participa da história viva.” (SANTOS, 2002, pg. 107, grifo nosso) Ou seja a paisagem, ainda que faça parte de um espaço (que é sempre presente) é passado. A paisagem é um resultado final do acúmulo de presentes que coexistem no espaço.

A paisagem diz respeito às coisas e aos objetos. Podemos considerar a paisagem como um resultado e ao mesmo tempo condicionante material do espaço numa construção transversal e transtemporal como coloca Santos:

A paisagem se dá como conjunto de objetos reais-concretos. Nesse sentido a paisagem é transtemporal, juntando objetos passados e presentes, uma construção transversal. O espaço é sempre um presente, uma construção horizontal, uma situação única. (SANTOS, 2002, pg. 103, grifo nosso)

A paisagem é o conjunto de formas que, num dado momento, exprimem as heranças que representam as sucessivas relações localizadas entre homens e natureza. O espaço são essas formas mais a vida que as anima. (SANTOS, 2002, pg. 103)

Segundo Santos, podemos dizer que a paisagem é relativa ao material, um sistema material e o espaço à ação que dinamiza e transforma a paisagem, ou seja, um sistema de valores. “[..] A paisagem é, pois, um sistema material e, nessa condição, relativamente imutável: o espaço é um sistema de valores que se transforma permanentemente. [...]” (SANTOS, 2002, pg. 103) O espaço é dotado de tempo, é sempre um presente porque sua dinâmica temporária é constante, não para. A paisagem pode ser de um tempo outro que não o presente. Se não é presente, logo a paisagem é referente a algo passado. A paisagem enquanto passado pode ser perfeitamente desprovida de um tempo contínuo, sem a dimensão temporal.

Santos aproxima o espaço do cotidiano urbano ao afirmar que o espaço é a sociedade encaixada na paisagem. E a partir deste momento podemos falar de uma paisagem humana. Aqui também podemos fazer um paralelo a Lefebvre que fala insistentemente da relação de uma sociedade e de um corpo social na produção do espaço.

Segundo C. Reboratti (1993, p.17) ‘a paisagem humana é uma combinação de vários tempos presentes’. Na verdade, paisagem e espaço são sempre uma espécie de palimpsesto onde, mediante acumulações e substituições, a ação das diferentes gerações se superpõe. O espaço constitui a matriz sobre a qual as novas ações substituem as ações passadas. É ele, portanto, presente, porque passado e futuro. (SANTOS, 2002, pg. 103 e 104, grifo nosso)

A paisagem é um instrumento para entender o espaço e tratar suas questões, “[...] a paisagem é apenas uma abstração, apesar de sua concretude como coisa material. [...]” (SANTOS, 2002, pg. 108) Aqui temos a hipótese de que a paisagem é um produto, uma abstração criada pelo homem que o permite falar, perceber e analisar o espaço. A paisagem é uma construção histórica e é através dela que nós podemos estudar o espaço.


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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

people connecting through video

Quem se interessar em compartilhar e postar vídeos no blog, além do YouTube, o videoblog VIMEO é uma opção interessante. Postando os vídeos lá, é possível inseri-los aqui no blogspot ou em qualquer outro blog.

http://vimeo.com/



diárias urbanas - [são paulo, 2005] from Marcelo Maia on Vimeo.

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arte, rotina e cotidiano


TEMPORAL : The Art of Stephan Doitschinoff (aka Calma) from Jonathan LeVine Gallery on Vimeo.

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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

a paisagem temporária



A paisagem é um recurso operativo que nos permite analisar o espaço. Primeiramente é importante destacar que a paisagem não é formada apenas de volumes e formas, mas também de cores, movimentos, odores, sons, etc. A paisagem é materialidade formada por objetos materiais e não-materiais.

a paisagem material

A paisagem material é tátil, visível e tem permanência, ou seja, por mais que os eventos ao longo do tempo a modifiquem ela sempre estará lá. O fato dela ser permanente não quer dizer que não seja mutável. Ela é sempre o passado ainda que recente. É como se fosse a marca de um evento anterior que se apresenta, se faz presente e está disposto a ser transformado pelo tempo. A paisagem material é o templo de uma igreja, são os edifícios de uma cidade, é o banco de uma praça, uma cadeira numa sala, uma árvore, um campo gramado, uma praia, etc. Tudo que pode ser apreendido pela visão e ser tocado é uma paisagem material. Esta paisagem é a paisagem frequentemente operada pelos paisagistas, fotógrafos, ambientalistas, artistas, defensores do patrimônio histórico, arquitetos, etc. É uma paisagem frequentemente discutida, afinal, é à que nós atribuímos valores financeiros, sentimentais e simbólicos. É uma paisagem que pode ser apropriada, pode-se tomar posse, daí o seu valor agregado.

Uma cidade temática de um parque de diversões é uma paisagem artificial, uma paisagem falsa, uma simulação criada pelo homem. As relações do seu cotidiano são baseados num sistema fictício, é um ambiente que existe às custas de uma sistematização espetacular e que para tal funcionamento carece do empenho de recursos humanos (financeiros ou não) que podem ser desfeitos num piscar de olhos. É uma cidade baseada numa construção artificial tal que nos é possível pensar na sua extinção a qualquer momento. Já para uma cidade como Roma, sua extinção seria muito menos factível. Aqui está o verdadeiro sentido de permanência da paisagem. É uma permanência que está em constante transformação. E esta transformação é natural.

A paisagem material, apesar de ser a maior condicionante do espaço vivido, de ser a mais freqüentada pelos arquitetos, faz parte deste ensaio fotográfico não com destaque para suas características materiais físicas, mas atentando para suas possibilidades de condicionar as transformações que o homem realiza no espaço num recorte temporário. A partir da proposição de outras paisagens operativas poderemos tentar buscar uma outra forma de perceber e analisar o espaço.

a paisagem temporária

A paisagem temporária é essencialmente humana e corporal. Ela pressupõe um corpo para percebe-la e/ou (re)produzi-la. É a paisagem da percepção, das sensações e dos sentidos corporais. É uma paisagem efêmera de permanência frágil e temporária.

Sabemos que o espaço possui uma dimensão geométrica temporal, logo, o que estamos propondo aqui, seria a ampliação do potencial operativo da paisagem a partir da sua dimensão temporal. A paisagem material supervaloriza o espaço geométrico. A paisagem temporária supervaloriza os processos que afetam a paisagem material. A paisagem operativa que estamos propondo parte da hipótese de que se queremos perceber e analisar o espaço precisamos operar com instrumentos que sejam capazes de lidar com todas as suas dimensões, geométricas e temporárias. Daí a importância de introduzirmos os ritmos do cotidiano à analise do espaço. Os ritmos estão no nosso corpo; são percebidos e (re)produzidos pelo corpo. O tempo é dado pelo nosso corpo numa percepção relativa. As ações são conseqüências dos ritmos do nosso cotidiano.

O que temos aqui pode ser entendido como uma paisagem do tempo.
Logo para nós não nos interessa a dimensão geométrica do espaço, não nos interessa a paisagem material. O que está em questão é a dimensão temporal do espaço e uma paisagem que é dada pelo corpo no espaço. Esta paisagem temporária pode ser entendida também como paisagem dos ritmos, ou uma paisagem dos eventos.

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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

aula 2 e 3 - [atiivdade prática] AP01



Aula 2 | dia 19.fev
intrumentalização prática e metodologia da disciplina

apresentação da dinâmica da disciplina
introdução da fotografia como instrumento para exercitar o olhar/percepção, registrar e expressar conceitos e experiências trabalhados na disciplina ao longo do semestre

Aula 3 | dia 26.fev
AP01 - AP01 [Atividade Prática 01] - Registros do Cotidiano

a frequencia desta aula é condicionada à criação do seu blog pessoal, postagem de fotos e/ou vídeos feitos ao longo da semana, inscrição no blog do professor e inscrição do
professor no seu blog.

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terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

conceitos, diálogos e experiências introdutórias para o arquiteto e urbanista

Esta disciplina pretende abordar alguns conceitos introdutórios para se pensar a arquitetura, o urbanismo e o arquiteto utilizando a fotografia como instrumento de percepção, registro e expressão.

OLHAR > REGISTRAR > EXPRESSAR

CONCEITOS INICIAIS PARA SE PENSAR A ARQUITETURA, O URBANISMO E O ARQUITETO

Paisagem e Espaço
Tempo e Espaço
Caminhadas Pela Cidade

ROTINAS DO ARQUITETO E URBANISTA

O Canteiro e o Desenho
Arquitetos na Contramão

EXPERIÊNCIAS

Labirinto e Rizoma
Ritmanálise
Jogos | Deriva

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